sexta-feira, 28 de setembro de 2007

A palavra e a Espada

Nossa... Tantos posts só de "ctrl x, ctrl v" que deve estar um saco neh?
Bem... Hoje vou escrever um pouco...
Um poema que fiz esses dias. Acho que está faltando alguma coisa... E ao mesmo tempo, acho que ele está ótimo assim...
Mas ele me deixa com muita vontade de continuar escrevendo... Então... Escreverei!

O poema... êi-lo:

A palavra e a Espada

Ali estava ela... A espada...
Tão fria e brilhante...
Ali estava ela... A palavra...
Tão simples... E tão mortal...

Com um simples movimento...
Atravessou meu peito...
Com a lâmina tão fria
Que nem se sujou com o sangue.

Com um simples balbuciar
A palavra atravessou meu peito
E o coração que antes batia forte
Parou e não mais continuou...

Palavras são como espadas...
Que atravessam nosso peito...
E sequer se sujam com nosso sangue...
E suas marcas podem nunca desaparecer...

sábado, 22 de setembro de 2007

Oscar Wilde - Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

David Gilmour: O Equilíbrio.

Equilíbrio...

Palavras do grande David Gilmour:

"Eu tinha um sem número de problemas com a direcção da banda no passado recente, antes de Roger sair. Eu achava que as músicas tinham muitas palavras, e que devido ao significado dessas palavras serem tão importantes, a música tinha-se tornado um mero veículo para as letras, o que não era muito inspirador...The dark side of the moon e Wish you were here tiveram um enorme sucesso, não apenas devido à contribuição de Roger, mas também porque havia um equilíbrio maior entre a música e as palavras do que em álbuns mais recentes. É isso que estou a tentar fazer em A momentary lapse of reason mais focado na música, restaurar o equilíbrio"

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  • “Bem, isto foi sempre o meu objectivo durante anos, ou seja sempre foi um dos meus objectivos, que tudo o que se fizesse, fosse equilibrado. Disse-o centenas de vezes até chatear – o que conta é o equilíbrio entre as palavras e a música, e eu penso que foi isso que se perdeu em “The final cut”.
- David Gilmour, à Rádio Australiana em Fevereiro de 1988