sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Escuridão sem cautela

Escuridão sem cautela
Lucas S Gomes

23 de novembro de 2011 - Noite

Em minha casa,
Quando a luz falta,
Os passos mudam.
Com cautela sigo.

Por mais que eu,
Experiente que sou,
Cada pequeno detalhe
Conheça do todo,

Atropelo a cadeira,
Esbarro na parede,
Perco a direção,
Me rendo à noite.

Por que, então,
Minha vida, tão
Obscurecida ficou,
Mas nada mudou?

Atropelo o amigo,
Esbarro no amor,
Me perco da família,
Me rendo ao escuro,

Mas com cautela eu não vou?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sensentido

Me contaram que, ao contar uma história, temos que dizer coisas que façam sentido. E isso me pôs a pensar.
Então me pus a caminhar, por uma longa estrada vazia, de terra, de pedra, de barro, de água...
Para então alcançar uma selva. Selva esta tão grande que não pude ver além das árvores, quando subi
Ao mais alto dos mais altos prédios que transformavam aquela selva tão imensa em puro concreto.
Com corações de pedra, a Selva de concreto tirava todo o sentido da caminhada, pois eu já não sabia mais
Para onde ir, para onde olhar, onde ficar, onde ficar, por que me esconder, por que me amedrontar.
Então, essa é a história de uma Selva.
Onde ela se encontra, eu não sei.
Mas arrisco dizer que é no meio de uma grande cidade.
Há um caminho que leva para o centro dela.
Mas por esse caminho, você nunca alcançará o interior desta cidade,
Pois ele não mais está centrado, está disperso e esquecido, amedrontado e escondido.
Com medo.
Medo da Selva de Pedra.